Se existe um lugar aonde as pessoas mais refletem sobre sua vida e as vezes até tomam decisões importantes que podem mudar tudo à sua volta, esse lugar é no velório. Espantoso, não?! Pois bem, no velório uma parte da mente das pessoas é reativada, a parte em que elas se permitem uma auto-avaliação.  Vendo o morto ali, pálido arroxeado, as vezes inchado, nós nos vemos de frente com a morte de certa forma. Começamos a pensar no que estamos fazendo com nossa vida, nos questionar sobre o que vale a pena ou não, dá um aperto no peito, um medo de estar perdendo a vida em vão. Olhando aquele defunto nós começamos a ver como a morte é inevitável e chega de repente, e aí entra a vontade de mudança.

Tentamos tirar tudo aquilo que é irrelevante em nossa vida, fazemos as pazes com amizades perdidas, visitamos os parentes dos quais nos esquecemos, enfim, procuramos reverter a situação da nossa vida, tentando torná-la melhor. Já ouvi falar de um sujeito que após ir ao velório de um conhecido, resolveu tirar férias do trabalho depois de anos e foi fazer uma viagem para o litoral do Brasil, que era um grande sonho dele. Ou seja, ele precisou de um “choque de realidade” (no caso a morte do colega) para ver que a vida passa num piscar de olhos, e quando se vê já passaram anos de infelicidade. 

É necessário mesmo ter esses momentos trágicos para avaliar a própria vida? Lógico que não! A auto-avaliação é um exercício que devemos fazer continuamente em nossas vidas. Sem isso as coisas saem do trilho, tudo desanda e você fica a ver navios; Vai esperar chegar à velhice para ver que sua vida toda foi uma bosta? Aproveite a juventude para mudar as coisas, satisfazer sua própria felicidade, pois quando morrermos não iremos levar nossos bens. Pense nisso, mude! Procure ser uma pessoa melhor a cada dia, uma pessoa leve! Vá atrás dos seus sonhos, vá atrás de momentos bons, sentimentos bons, histórias para contar no futuro. Não deixe a vida passar sem aproveitar o melhor dela. 

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